A leitura é uma ferramenta importantíssima para quem se importa com a interação; a partir da leitura, podemos expandir nossos horizontes, à medida que conhecemos novos mundos, culturas, pontos-de-vista, ao mesmo tempo que contrapomos com nossas ideias, visões e pensamentos. O que é a leitura senão uma forma de interagir com o mundo?
Está muito enganado quem pensa que aquele que lê está se excluindo do mundo, e é muito solitário. Ainda que possa ser uma atividade unilateral, se pararmos para refletir, ela não é tão unilateral assim: quando lemos, estamos interagindo com o produtor do texto, com o enredo da história, com os personagens, passeamos pelos lugares, refletimos sobre as ações. Ora, se isto não é interação, então mudaram o significado da palavra.
A interação que ocorre quando lemos um livro pode ser muito mais interessante do que uma conversa por MSN, por exemplo, ou uma conversa real, pois com uma obra, você pode fazer conjecturas prévias, pode criar expectativas sobre o enredo, e pode, até mesmo, conversar com o leitor, como fez o nosso ilustríssimo Machado de Assis, quando inaugurou a conversa com o leitor na literatura brasileira.
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